sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Segundo Dia de Filmagem do Curta

Gravação 

Cena Quatro 

A cena Quatro foi filmada no dia 28/11 no prédio do IFRS. 
E levou-se 1 hora e 48 minutos para se filmar apenas uma cena de 1 minuto e meio. As outras duas cenas que foram filmadas na enfermaria, que foi disposta pela médica Nilza, tiveram problemas na gravação, por isso não poderão ser utilizadas no curta. 
Todos os componentes do grupo estavam presentes, apesar de alguns terem chegado bastante atrasados. 


Primeiro Dia de Filmagem do Curta

Gravação 

Cenas Dois, Três e Seis 

A gravação das cenas dois, três e seis aconteceu no dia 26/11, no prédio do IFRS.
Apesar da expectativa do Grupo não ter sido alcançada, a quantidade de cenas filmadas foi satisfatória. 


sábado, 23 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Quinze

Roteiro 

Cena Quinze 

Cena Quinze - Casa da Rosangela, Quarto de Daniella – À tarde

Cena: Rosangela, mãe de Daniella, está sentada na cama no quarto de Daniella com fotos da filha quando mais nova nas mãos.  Lágrimas correm pelo seu rosto.

A câmera focaliza no rosto triste e úmido da mãe, antes de focalizar na foto que ela segura nas mãos, é de Daniella algumas semanas antes da tragédia, quando ela acreditava ter recebido a melhor notícia da sua curta vida.  Ela está sorrindo para câmera.

            O pai entra e se senta ao lado da esposa e passa os braços ao redor de seus ombros. Os dois ficam olhando para a foto por alguns segundos. Lentamente o pai tira a foto da mão da esposa e a coloca sobre a cama. E a ajuda a se erguer. Juntos os dois saem do quarto e fecham a porta.

            E novamente a câmera focaliza na foto de Daniella. Antes da tela ficar preta, nela diz: Daniella Domingues. 25/09/1998 – 24/09/2014.


            Observações: Se houver tempo o suficiente, pensamos em colocar no final do curta pequenos depoimentos de pessoas que tiveram e superaram essa doença para provar que é possível vencê-la. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Quatorze

Roteiro

Cena Quatorze 

Cena Quatorze – Hospital – Á tarde.

             Cena: Daniella deitada na cama com os pais ao seu lado, a janela sendo aberta e fechada para dar a ideia de que os dias estão passando.

            Narrador: A infecção avançou rapidamente, atacando outros órgãos, atingindo outras partes de seu corpo, debilitando tanto sua saúde que os médicos não tinham ideia do que fazer.

E fazendo isso tão rapidamente que não havia nada que eles podiam fazer. Os antibióticos não faziam efeito, o corpo de Daniella não reagia e as suas chances de sobreviver diminuíam rapidamente.

            Até que elas desapareceram.


Na manhã da véspera do seu aniversário Daniella, a adolescente sonhadora de apenas quinze anos que era respeitada e amada por muitos, perdeu a batalha contra uma infecção que surgiu por causa da sua obceção em emagrecer e deixou essa vida, todos os seus amigos, família e sonhos pra trás. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Treze

Roteiro 

Cena Treze 


Cena Treze – Hospital – De tarde.

            Cena: Daniella deitada na cama com a mãe ao seu lado segurando sua mão.

          Narrativa: Mais tarde os médicos realizaram vários exames necessários para determinar o avanço da doença. As notícias não foram nada boas. Devido ao transtorno alimentar, a doença se agravara e o corpo da jovem não estava respondendo aos medicamentos. A cada segundo a infecção avançava cada vez mais destruindo as chances de sobrevivência da jovem. 


domingo, 17 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Doze

Roteiro 

Cena Doze 

Cena Doze – Hospital – De tarde

            Cena: Daniella está na cama de hospital. Uma batida na porta.

            A médica entra. O quarto está silencioso e a paciente está dormindo na maca, a médica começa a cantarolar enquanto examina a paciente.

            Ela mede a pressão arterial e anota algumas coisas na prancheta, antes de perceber que Daniella está febril.

            - Você está um pouco quente, em querida... – diz tocando a testa de Daniella. – Na verdade, muito quente! – diz a médica alarmada. Ela pega um termômetro da mesa e mede a temperatura da menina. Alguns minutos depois retira o termômetro, olha a temperatura – Oh, droga! – Larga o termômetro e corre pra fora do quarto pra buscar um remédio.


            Algumas horas depois.

            Cena: Daniella na maca com a mãe sentada ao seu lado, a médica entra novamente.
            - Podemos conversar por um instante? – pergunta médica da porta. A mãe acena e se levanta. As duas começam a conversar baixinho.

            - Uma das maiores preocupações que temos com os pacientes com distúrbios alimentares é com o estado do corpo. Normalmente seu corpo está fraco, debilitado, com a taxa de nutrientes baixa, e com a dos glóbulos brancos ainda menor.

            A médica respirou fundo e deu uma olhada na prancheta que segurava.

            - Nós cuidamos para que os pacientes não sejam contaminados e tentamos evitar o contato com bactérias e vírus. Mas não conseguimos impedir que sua filha entrasse em contato com um desses dois. – ela olhou pra cima. – Quando vim examina-la esta tarde ela esta com febre. Nós fizemos alguns exames e lhe demos uma dose de antibiótico, mas não temos certeza se fará efeito.

            - Está dizendo que ela ficará ainda pior?


            - É uma bactéria forte e resistente, aplicamos o remédio direto na veia e é um dos melhores antibióticos disponíveis, mas não sabemos se isso será suficiente para cura-la. Só nos resta esperar, sinto muito. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Onze

 Roteiro 

Cena Onze 

Cena Onze – Hospital – De Tarde.

            Cena: Os pais de Daniella gritando com a filha enquanto os médicos tentavam acalmar a família. A mãe e a jovem chorando.


            Narrador: Algumas horas depois, Daniella despertou e depois de várias horas de discussão e negação ela admitiu ter ficado sem comer e vomitado quando comeu algum doce ou qualquer alimento calórico por medo de não conseguir emagrecer antes do desfile, obrigando os pais a pagar uma alta multa por causa do contrato e principalmente impedindo-a de desfilar e realizar seu maior sonho. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Dez

Roteiro 

Cena Dez 


Cena Dez – Hospital – Á Tarde

            Cena: Daniella está deitada na cama do hospital, inconsciente. Sua pele pálida e cheia de oleiras cria um contraste nauseante com os lençóis verdes claros da maca. Sua mãe está sentada na cadeira ao lado da cama visivelmente preocupada com a filha quando a Doutora Ana Lúcia, médica que atendeu Daniella quando chegou ao hospital, entra. A médica se aproxima e as duas começam a conversar.

            - O que ela tem? – pergunta a mãe ansiosa antes que a médica tenha chance de falar.

          - Sua filha está com um taxa bem menor de glóbulos brancos no sangue que o esperado. Isso significa que seu sistema imunológico está extremamente fraco e debilitado, deixando-a vulnerável a todo tipo de doenças. Ela está desidratada e a quantidade de nutrientes em seu corpo está tão baixa que estou surpresa que ela não tenha desmaiado antes.

            - Mas isso é impossível, ela sempre foi uma menina saudável, nunca teve problemas de saúde. Meu deus, nós raramente tínhamos que leva-la ao médico! – de repente o rosto da mãe se encheu de compreensão e fúria. – Foi aquela dieta maluca que aquele maldito nutricionista lhe receitou...

            - Senhora, - disse a médica alarmada, - acalme-se. – depois que a mulher respirou fundo e se aquietou a médica continuou. – Não acredito que o culpado seja o médico. Suas gengivas estão inchadas e avermelhadas, o esôfago está inflamado e havia um pequeno sangramento no estomago. São os principais problemas apresentados por adolescentes com distúrbio alimentar.

            A mãe balançou a cabeça como se estivesse tentando e falhando em processar todas as informações que ouvia. – O que quer dizer?


            - Todos esses sintomas, principalmente a pequena hemorragia no estomago indicam que sua filha provocava o vomito. – diante do olhar confuso da mulher, a médica explicou novamente, - Ela tem Bulimia, senhora.  

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Nove

Roteiro

Cena Nove 


Cena Nove – Desfile – À Noite

            Cena: Daniella em uma passarela com luzes brilhando em sua direção, um grande sorriso no rosto ouvindo satisfeita a palmas animadas e constantes da plateia, mas lentamente desvanecendo.

                Narrador: Laura a elogiara antes de subir na passarela, dissera-lhe que estava linda. Ela sorrira e ocultara o tremor das pernas, as mãos suadas e o balançar enjoativo exagerado do estomago. Nada sairá errado, nada sairá errado, repetia como uma reza (lema). Uma oração, que esperava que chegasse aos céus e fosse ouvida por Deus.

                Seu coração bombeava sangue a uma velocidade avassaladora. Ela foi firme nos primeiros passos na passarela, manteve a postura. Sorriu e acenou como fora ensinada. Mas quando as luzes fortes dos holofotes foram lançadas em sua direção, todos de uma vez, titubeou e ficou cega por um instante.

                Esforçou-se para manter-se firme, mas fracassou. Seu corpo parecia pesar demais. Manter suas pernas sobre aqueles saltos altíssimos exigia um esforço sobre-humano. O rugido na cabeça era forte demais para ser justificado pelo nervosismo.


Diante dos olhos avaliadores dos jurados, preocupados dos pais e surpresos de Laura e da plateia, Daniella tropeçou quase quebrando o salto extremamente alto do sapato, perdeu totalmente o equilíbrio e antes mesmo de atingir o chão perdeu a consciência. 

domingo, 3 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Oito

Roteiro 

Cena Oito 

Cena Oito – Camarim – Á Noite

Cena: Daniella na frente do espelho dando os últimos retoques na roupa e maquiagem, encarando-se e sorrindo pra se mesma. 

Narrador: Era sua grande chance. Suas mãos tremiam e os joelhos não estavam firmes, mas era sua grande chance. Ela tinha que conseguir.

Inventara uma desculpa qualquer a mãe para o sumiço do bolo. A mãe não a questionara, pelo que agradecia. Ela sabia que o que fizera era errado, perigoso e prejudicial. Prometeu a si mesma que não faria mais, mas repetiu o processo quando enxergou o pacote de bolachas doces sobre a pia da cozinha.

Comeu tudo até a última bolacha e depois vomitou. E fez mais vezes que podia ou tinha coragem de contar. Não comera nada antes do desfile. Seu estomago roncava e exigia comida, mas ela ignorava dizendo a si mesma que era pelo nervosismo.

Mentira, mas ela ignorou. Como fez quando teve que passar mais blash que o normal para cobrir as faces pálidas.

Diante do espelho, fingiu que tudo estava perfeito, afinal, era a sua grande chance e a aproveitaria. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Roteiro: Cena Sete

Roteiro 

Cena Sete 

Cena Sete – Cozinha da Casa de Daniella – À Tarde

                Cena: Daniella sai do quarto e vai à direção da cozinha pegar um copo de água. Mas sobre a mesa tem um enorme, cheiroso e delicioso bolo de chocolate com uma brilhante calda de chocolate.

                Daniella hesita e encara a tentação a sua frente.

Narrador: Seu estomago doía. Aquela dor constante já se tornara comum em seus dias, assim como os músculos e membros doloridos.  Ela aguentava, afinal valeria a pena, era seu sonho e sua chance de realiza-lo. Mas ela não contava com aquela tentação.

Sobre a madeira polida da mesa o bolo parecia reluzir. Como se houvessem milhares de holofotes mirados em sua direção tornando-o ainda mais apetitoso. Sua boca salivou. O cheiro do chocolate apenas aumentava a vontade de se aproximar e devorar aquele doce que prometia explosões de sabores em sua boca.  Ela se aproximou quase sem perceber.

Cena: Daniella se aproxima da mesa quase hipnotizada pelo doce, ergue a mão e passou o dedo na calda e colocou na boca. E teve o que a imagem prometia uma explosão de sabores a fez fechar os olhos em apreciação e ela não pode evitar que a mão voltasse ao bolo só que dessa vez retirasse uma grande quantidade da massa do bolo. E colocasse na boca.
E assim continuou. Só quando metade do bolo estava em seu estomago, quando este não doía mais é que Daniella percebeu o que fez.

Suas mãos tremeram e seus olhos se arregalaram. Quase podia ouvir a voz de Laura e Pyetro enquanto olhavam recriminadores para ela.

“Você vai precisar fazer exatamente o que eu disse a menos que queira causar a sua família uma grande divida e ainda perder sua grande chance, entende?” A voz de Pyetro soa alto em sua cabeça.

“Isso não é uma brincadeira, Daniella, se você se comprometer em emagrecer e em participar do desfile não haverá volta, principalmente depois que assinar o contrato. Se não conseguir alcançar a meta estipulada antes do dia do desfile sua família terá que pagar uma multa. Uma alta multa pela quebra do contrato.” Continuou Laura, encarando-a com aqueles firmes olhos caramelo.

“Isso não é brincadeira, talvez seja sua única chance.”

“Está disposta a assumir os riscos?”

“Seu principal objetivo é emagrecer, custe o que custar.”

“Está disposta a assumir os riscos?”

“Eu faço.” – disse sem hesitar.  “Faço qualquer coisa pra poder desfilar.” – ouviu sua própria voz repetindo suas palavras em sua cabeça. Tremendo, com uma mão na boca e outra no estomago, Daniella correu para o banheiro e vomitou todo o bolo que comeu.

As arcadas continuaram mesmo depois de ter colocado todo o conteúdo de seu estomago para fora. Suas lágrimas e tremor de suas mãos levaram bem mais tempo para parar. Encarando o banheiro e compreendendo o que fizera lembrou-se novamente das palavras de Pyetro e das suas próprias.

“Seu principal objetivo é emagrecer, custe o que custar.”


“Eu faço.” – disse sem hesitar.  “Faço qualquer coisa pra poder desfilar.”